No Brasil a oftalmologia, minha especialidade, se beneficiou muito com o advento do laser. Inicialmente com os lasers de argônio e de xenônio usados na retina evitando a retinopatia diabética proliferativa e os processos proliferativos de forma geral causados pela isquemia retiniana e no glaucoma como alternativa para a cirurgia fistulizante tradicional. Posteriormente o surgimento dos laseres de fotodisrupção inicialmente usados em opacificações de cápsula pós-cirurgia de catarata e ainda em processos que discutiram verdadeiros cortes em que se incluem as iridectomias, as membranactomias e, hoje, a confecção de retalhos para cirurgia refrativa e túneis córneos para implantes de anéis em ceratocone. E, finalmente, os excimer lasers que envelhecem como evaporando o tecido córneo e mudando o poder refrativo das córneas nas cirurgias refrativas. O desafio atual é a utilização do laser em cirurgia de catarata que nasce de maneira proporcional à reprodutibilidade e, portanto, maior segurança.
